terça-feira, 24 de agosto de 2010

Profecias Maias - 2012

Clube do Tarô
(Notícia publicada pela Folha-UOL)

Nenhum de 15 mil textos maias
profetiza fim do mundo em 2012



México, 6 jul (EFE). Em nenhum dos 15 mil textos existentes dos antigos maias está escrito que em 2012 haverá grandes cataclismos, crença originada em escritos esotéricos da década de 1970.

O diretor do Acervo Hieróglifo e Iconográfico Maya (Ajimaya) do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH), Carlos Pallán, disse que só em dois deles há "duas inscrições" que falam em 2012, mas "só como o final do período".

Perante este fechamento do ciclo, os profetas modernos afirmam que um buraco negro no centro da galáxia, quando se alinhar com o sol, romperá o equilíbrio. Com isso, será modificado o eixo magnético da Terra e as consequências serão nefastas.

O cientista destacou em comunicado que estas versões apocalípticas foram geradas em publicações esotéricas nos anos 1970, as quais assinalavam o fim da civilização humana para 2012, data que coincide com o décimo terceiro ciclo no calendário maia, no dia 21 de dezembro.

Pallán explicou que "para os antigos maias, o tempo não era algo abstrato, era formado por ciclos e estes às vezes eram tão concretos que tinham nome e podiam ser personificados mediante retratos de seres corajosos. Por exemplo, o ciclo de 400 anos estava representado como uma ave mitológica".

Os maias "jamais mencionam que o mundo vai acabar, jamais pensaram que o tempo terminaria em nossa época, o que nos reflete à consciência que alcançaram sobre o tempo, a partir do desenvolvimento matemático e da escritura", destacou.

Acrescentou ainda que os maias se preocupavam em efetuar rituais que de algum modo garantissem que o ciclo por vir seria propício, e no caso particular de 2012 é notada uma insistência em "que ainda em data tão distante vai ser comemorado um determinado ciclo. Este foi o miolo da confusão".

O arqueólogo disse que, no entanto, de acordo com os cálculos científicos atuais, a data astronômica precisa do fim de seu ciclo seria 23, e não 21 de dezembro.

Também esclareceu que os maias legitimavam seu poder mediante os calendários e vinculavam os governantes com esses ciclos e com deuses citados em relatos ancestrais ou em mitos.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dança Indiana



Por: Karla Bardanza

A Dança Indiana é para ser vista com os olhos da alma e, certamente, a sua se abrirá em luz quando você ver.
Bem, evidentemente é uma das formas da cultura indiana.Na verdade, a Índia com seus diferentes climas,línguas e povos está refletida em seus variados estilos de dança.Sua origem está nos templos onde as devadasis, dançarinas agregadas aos templos hindus e devotadas exclusivamente à adoração do deus Shiva,eram oferecidas por seus pais ainda meninas.Consideradas como esposas do Deus, se casavam com ele em uma cerimônia igual ao casamento tradicional indiano. Eram educadas p na arte da dança e se apresentavam nas cerimônias do templo.
Contudo, aos poucos a dança foi se dissociando dos templos e a partir daí nasceram diferentes estilos que refletem suas regiões de origem.Os mais importantes são respectivamente:

Bharatanatyam: desenvolvida nos templos de Tamil Nadu, no sul da Índia, esse estilo está entre os mais populares da Índia. Com em movimentos retos e fortes, essa dança apresenta histórias como as lendas que envolvem o deus Shiva.

Kathak: tem sua origem nos contos tradicionais do norte da Índia. O estilo é caracterizado pelo complexo trabalho dos pés e é a forma clássica mais tradicional do norte.

Odissi: provém do leste da Índia. Suas líricas linhas são pontuadas por pausas, nas quais os bailarinos adotam poses esculturais.Suas curvas e poses dão à dança uma qualidade bastante sensual. Segundo estudos arqueológicos, esse seria o estilo feminino mais antigo.

Manipuri: é um estilo elegante e suave que provém de Manipur, no noroeste da Índia. Os bailarinos dão pequenos passos e saltos e as mulheres vestem rígidas longas saias. As lendas sobre Krishna são os temas desenvolvidos nas atuações.Este estilo dispensa os guizos nos tornozelos, tão comuns nos outros.

Kathakali: surgido em Kerala, no sudoeste da Índia. Este estilo forte e dramático está relacionado com as tradições das artes marciais.As histórias do Kathakali costumam ser tiradas do famoso épico hindu, o Mahabharata, ou do livro de Rama, o Ramayana.

Mohini Attam: também surgiu em Kerala. As mulheres dançam vestidas de branco e dourado. É uma mistura do Bharatanatyam e do kathakali.

Kuchipudi: recebe seu nome do povo de Kuchipudi, no estado de Andhra Pradesh. Tem muitos elementos comuns com o Bharatanatyam e é vibrante.

Namastê!

Canto das mães d'agua

OXUM

Nome de um rio na Nigéria, em Ijexá e Ijebú. Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro, riqueza e do amor. A Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. Dona dos rios e cachoeiras gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes..



O ARQUÉTIPO DE OXUM

As pessoas de Oxum são vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a beleza. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto. São boas donas de casa e companheiras, despertam ciúmes nas mulheres e se envolvem em intrigas.

Oxum é destemida diante das dificuldades enfrentadas pelos seus. Ela usa sua sensualidade para salvar sua comunidade da morte. Dança com seus lenços e o mel, seduzindo Ogum até que ele volte a produzir os instrumentos para a agricultura.

Assim a cidade fica livre da fome e miséria. Oxum enfrenta o perigo quando Olodumare, Deus supremo, ofendido pela rebeldia dos orixás, prende a chuva no orum (Céu), deixando que a seca e a fome se abatam sobre o aiê (a Terra). Transformada em pavão, Oxum voa até o deus maior, para suplicar ajuda.

Mesmo tornando-se abutre pelo calor do sol, que queima-lhe, enegrecendo as penas, ela alcança a casa de Olodumare. Indignada por se perceber excluída da reunião de orixás masculinos, Oxum torna estéreis todas as mulheres até que ela seja convidada para o encontro.

Uma demonstração de que com ela é assim: bateu, levou. Não tolera o que considera injusto e adora uma pirraça. Da beleza à destreza, da fragilidade à força, com toque feminino de bondade, é assim o jeito dessa deusa-heroína. Sensível à condição de fraqueza, Oxum se dispõe a aliviar o sofrimento alheio.

Assim ela o faz quando Oxalá tem seu cajado jogado ao mar e a perna ferida por Iansã. Oxum vem para ajudar o velho, curando-o e recuperando seu pertence. Ela é adorada por Oxalá. A deusa do amor parte com um ebó até Olodumare, para que não haja mais seca na Terra. No caminho ela não hesita em repartir os ingredientes da oferenda com o velho Obatalá e as crianças que encontra, e mesmo assim alcança seu objetivo pela comoção de Olodumare.

Com grande compaixão, Oxum intercede junto a Olodumare para que ele ressuscite Obaluaiê, em troca do doce mel da bela orixá. E ela garante a vida alheia também ao acolher a princesa Ala, grávida, jogada ao rio por seu pai. Oxum cuida da recém-nascida, a querida Oiá.

Com suas jóias, espelhos e roupas finas, Oxum satisfaz seu gosto pelo luxo. Ambiciosa, ela é capaz de geniais estratagemas para conseguir êxito na vida. Vai à frente da casa de Oxalá e lá começa a fazer escândalo, caluniando-o aos berros, até receber dele a fortuna desejada para então calar-se. E assim Oxum torna-se "senhora de tanta riqueza como nenhuma outra Yabá (Orixá femino) jamais o fora".

A vontade de conhecer os segredos do destino faz com que Oxum, esperta que é, coloque seu poder de atração sexual em acordos para esse fim. Ela é especialista no toma-lá-dá-cá. É desse modo que aprende a arte da adivinhação com Exu, e as roupas de Obatalá, e as vestes do "Senhor do Pano Branco" pelo segredo do Ifá.

Assim Oxum se torna senhora do jogo de búzios. Beleza, agilidade e astúcia são ingredientes do sucesso deste orixá. No amor Oxum é ardorosa, de tão formosa e quente que é. Oxum luta para conquistar o amor de Xangô e quando o consegue é capaz de gastar toda sua riqueza para manter seu amado.

Ela livra seu querido Oxósse do perigo e entrega-lhe riqueza e poder para que se torne Alaketu, o rei da cidade de Ketu. Oxum provoca disputa acirrada entre dois irmãos por seu amor: Xangô e Ogum, ambos guerreiros famosos e poderosos, o tipo preferido por ela. Xangô é seu marido, mas independente disso, se um dos dois irmãos não a trata bem, o outro se sente no direito de intervir e conquistá-la.

Afinal Oxum quer ser amada e todos sabem que ela deve ser tratada como uma rainha, ou seja, com roupas finas, jóias e boa comida, tudo a seu gosto. A beleza é o maior trunfo do orixá do amor. Como esposa de Xangô, ao lado de Obá e Oiá, Oxum é a preferida e está sempre atenta para manter-se a mais amada.

Ela adora enganar Obá. Oxum induz Obá a cortar a própria orelha para cozinhar e servir para Xangô, dizendo ser o prato preferido do marido, que na verdade fica enojado e enfurecido. Ela também engana Eleguá que, a serviço de Obá para fazer um sacrifício, corta erradamente o rabo do cavalo de Xangô. Outra vez Obá queria agradar seu marido, mas acaba odiada por ele.

Oxum definitivamente quer o fracasso de quem considera rival. Foi de Oxum a delicada missão dada por Olodumare de religar o orum (o céu) ao aiê (a terra) quando da separação destes pela displicência dos homens. Tamanho foi o aborrecimento dos orixás em não poder mais conviver com os humanos que Oxum veio ao aiê (a terra) prepará-los para receber os deuses em seus corpos.

Juntou as mulheres, banhou-as com ervas, raspou e adornou suas cabeças com pena de ecodidé (pena de um passáro sabrado), enfeitou seus colos com fios de contas coloridas, seus pulsos com idés (pulseiras), enfim as fez belas e prontas para receberem os orixás. E eles vieram. Dançaram e dançaram ao som dos atabaques e xequerês.

Para alegria dos orixás e dos humanos estava inventado o Candomblé. Os mitos da Oxum mostram o quão múltipla é sua personalidade.


IEMANJÁ

Deusa da nação de Egbé, nação esta Ioruba onde existe o rio Yemojá (Iemanjá). No Brasil, rainha das águas e mares. Orixá muito respeitada e cultuada é tida como mãe de quase todos os Orixás. Por isso a ela também pertence a fecundidade.

Em todos os lugares, no dia 2 de fevereiro ou no ano novo fazem-se homenagens a grande mãe Iemanjá. É protetora dos pecadores e jangadeiros.


O ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE IEMANJÁ

As pessoas de Iemanjá são sérias e impetuosas, domina a todos e fazem-se respeitar. Dificilmente perdoam os erros dos semelhantes. Gostam de testar as pessoas.

Seu temperamento é muito difícil, são bravas, nervosas, mas possuem um coração grandioso, são dedicados aos parentes e amigos, preocupam-se com os outros e consigo. Gostam de coisas luxuosas. São honestas, gostam da casa e da família, são ótimas esposas, mães ou pais.

PRANDI, Reginaldo - Mitologia de Orixás

sábado, 14 de agosto de 2010

Não Basta Viver!!!

site: Mago da Luz

Uma vez Albert Einstein nos disse: a vida é como jogar uma bola na parede. Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul. Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde. Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca. Se a bola for jogada com força, ela voltará com força. Por isso, nunca "joguemos uma bola na vida" de forma que não estejamos prontos a recebê-la. A vida não dá nem empresta não se comove nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos.

Dessa forma, cada vez que mantemos nossos pensamentos embasados em medo, transmitimos ao cosmos um claro sinal de que esperamos que algo de mal nos aconteça. O universo é o nosso espelho e se adapta muito facilmente a cada um de nossos pensamentos, não tardando, portanto, a gerar o que pensamos.

É curioso como isso se processa, mas é real. Quando transmitimos formas pensamento de medo para dentro dos campos das pessoas que nos rodeiam alteramos, de fato, as suas disposições. Quando captam os nossos pensamentos de medo, essas pessoas começam quase sempre sem perceberem, a ver-nos como vítimas que esperam que “‘aquilo’” nos aconteça.

Assim, o que estamos fazendo, realmente, é convidá-las para reforçar a nossa própria mentalidade de vítima... o que elas poderão sentir-se compelidas a fazer!

Mas ao contrário, se acreditarmos estarmos protegidos por Deus, não chamaremos a atenção de quem quer que seja que esteja por perto, à caça de vítimas do medo para o reforçar. Isso não acontecerá simplesmente, porque não há ressonância entre nós e esses caçadores.

Respirando esse Ar Crístico, seremos percebidos apenas pelas pessoas que entrem em ressonância com os nossos campos repletos de pensamentos inspirados pela divindade.

É dessa forma que criamos a nossa realidade. Tudo ocorre através da ressonância, a qual é imparcial em face de energia boa ou má, como na citação de Albert Einstein. Assim, as pessoas que captam o nosso medo, amplificam-no e os devolvem à procedência!

Se levamos o nosso medo para dentro de um grupo, poderemos amplificar o medo de todos os membros do grupo a tal ponto que, muito rapidamente, nos veremos obrigados a ter de enfrentar aquilo que nos amedronta!

Felizmente, a energia emocional do amor e as formas de pensamento cheias de amor são transmitidas e ressoam exatamente da mesma maneira... embora mais fortemente, dado que estão em harmonia com a natureza do Universo. Por isso, todas as coisas fluem muito mais facilmente quando possuem essa vibração!

Injetando energia de amor nos pensamentos, não só aumentamos o nosso poder de transmissão, como o Universo se torna cada vez mais maleável e sensível às nossas formas de pensamento. Uma das vantagens disso é que a concretização desses pensamentos se torna cada vez mais rápida.

Até pouco tempo atrás, precisávamos sustentar uma crença durante anos até que ela se manifestasse em nossa vida; hoje, porém, e cada vez mais, alguns dias são suficientes. Felizmente, as crenças que são coerentes com a fluência da verdade universal manifestam-se mais facilmente do que aquelas que a contrariam!

Enfim, somos aquilo que acreditamos e emitimos ao Cosmos, sejamos, portanto, sábios! Não nos basta viver! Temos de viver bem!

domingo, 8 de agosto de 2010

Confie Sempre

Chico Xavier
Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda Que Os Teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima De ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera Com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Tarot e o Feminino Sagrado

Shakti Lalla



Encontramos na mitologia de diversos povos, vozes oraculares femininas, personagens e Deusas detentoras da sabedoria, dos destinos da humanidade e dos mistérios da vida, morte e vida.



As tríades fiandeiras Moiras (gregas), Parcas (romanas) e Nornes (nórdicas) eram ao mesmo tempo poderosas e terríveis, normalmente representadas nas figuras da virgem, da mãe e da anciã (Tríplices Deusas). Entre as Nornes, a virgem Skuld era a responsável pelas profecias e adivinhações, a guardiã do futuro, assim como Nona (grega) a que tece o fio da vida, cabendo as duas outras, a tarefa de manter e cortar o fio da vida. Na Índia, a trindade de Shaktis Saraswati, Lakshimi e Kali encarnam estas energias. Na África encontramos as Ìyá Mi Osorongà, as mães feiticeiras, como as senhoras do destino. Entre as Deusas tecelãs, a anciã Ixchel, Deusa Maia da lua, que tecendo no seu tear de cintura, é capaz de conceder respostas a seus discípulos em peregrinação ao seu oráculo situado numa ilha distante da costa. E a Deusa indígena hopi Kokyang Wuhti, conhecida também como mulher -aranha, que através do seu dom profético protege e auxilia todos seres.

As sacerdotisas, divinamente inspiradas, eram as guardiãs das artes mágicas e da divinação. Na Grécia, as Pitonisas ou Sibilas, em transe, intepretavam os sinais sagrados e comunicavam-se com os Deuses, utilizando instrumentos como espelhos, dados, fumaças, sonhos, sons de pássaros (...). Febe, a antiga Deusa grega da lua, da profecia, dos mistérios e dos segredos, dividia o oráculo de Delfos com Gaia (sua mãe) e Temis (sua irmã) embora mais tarde tenha transmitido este atributo ao Deus solar Apolo. Entre os nórdicos mulheres gyðjas e völvas manipulavam as runas e eram imbuídas de poder mágico, com especial habilidade para profecias.
Uma lista incontável de sacerdotisas são encontradas nas diversas culturas. Xamãs indígenas; Iyalorixás e Donés (...) do candomblé; mikogamis japonesas; wiccans contemporâneas(...) que através de suas danças sagradas, intuições, transes e sonhos proféticos, usam ou usaram seus corpos como espaço para o sagrado, templos da Deusa, santuários da vida, em honra a memória de suas ancestrais e de seu povo, como fontes de sabedoria e criatividade, como veículos do Sagrado feminino.

Entre os oráculos, os arquétipos femininos universais estão presentes de muitas maneiras. Dentre estes sistemas, o Tarot - que tem sua origem desconhecida, embora os registros históricos indiquem que sua redescoberta se deu na Europa na Idade Média - traz um conjunto de símbolos e alegorias que possuem uma forte correspondência com outros sistemas esotéricos. É um dos oráculos mais respeitados no mundo, sendo a versão do Tarot de Marselha a mais popular.

No conjunto de suas 78 cartas, alguns arcanos representam os arquétipos fundamentais do feminino. Além das cartas de corte dos arcanos menores, Rainhas e Princesas dos 4 elementos (Copas, Ouros, Paus e Espadas), temos entre os 22 arcanos maiores:



A figura da "Sacerdotisa" (arcano 2) revela a mulher sábia, a xamã, a bruxa, receptiva e intuitiva(yin), que esta em contato direto com o Sagrado e com a fonte de cura. Ela que representa o feminino espiritual, aconselha ao consulente que escute sua sabedoria interior.

















A "Imperatriz" (3), é a mulher coroada que encarna o feminino material, é fecunda e criativa, representa a Grande Mãe que manifesta e dá vida a tudo que esta sendo gestado: filhos, sonhos, idéias, projetos. Expressa o amor através dos seus diversos dons, da arte, da sexualidade plena, do prazer, guardando também elementos arquetípicos de Deusas da beleza e do amor, como Afrodite e Oxum.




















Com a "Justiça" (8 ou 11), o equilíbrio, a harmonia, o discernimento se apresentam no aspecto daquela que segura a balança e a espada da justiça, é a Palas Atena e a Maat egípcia que trazem discernimento e razão para a circunstância ou para o consulente.
















A "Força" (11 ou 8) representa a energia da atratividade, da paixão, e da integração dos aspectos "instintivos" ao Self. A mulher que domina um leão com habilidade e criatividade, através da sua força interior.


Na "Temperança" (14) a integração alquímica das polaridades energéticas e psíquicas, femininas e masculinas, yin e yang, promove uma transformação profunda capaz de gerar uma mudança interior sútil para um novo nível de experiência ou estágio de desenvolvimento. Expressa harmonia e equilíbrio, presente na alegoria de uma anja, ou de uma mulher, que carrega duas jarras e permite que a água flua de um recipiente ao outro, misturando-os. É a Senhora das marés que guarda o fluxo e o refluxo das energias.
A "Estrela" (17) uma jovem inocente e nua carregando uma estrela acima da sua cabeça. Assim como a Temperança traz jarros em suas mãos, mas agora, verte suas águas na terra e na água, ambos elementos femininos. Como a chuva que lava e fertiliza a terra, representa as forças da renovação e da purificação. A confiança na Fonte e em si mesmo, a esperança, a inspiração, a conexão com o transcendente e a espiritualidade de maneira sincera.



Muitas adaptações foram realizadas em torno dos arcanos do Tarot de Marselha. A partir da década de 60, um grupo crescente de mulheres, artistas e pesquisadoras, movidas pelo interesse em fortalecer o movimento da Espiritualidade Feminina, passaram a desenvolver novas versões para o baralho, enfocando a temática do Sagrado feminino. Alguns destes trabalhos mais conhecidos são os de Kris Waldherr (Goddess Tarot), Isha Lerner (Tarot da Deusa Triplice) e Amy Sophia Marashinsky & Hrana Janto (Oráculo da Deusa).

Existem também muitos outros tarots sobre o Feminino Divino publicados e haverão aqueles que certamente aparecerão ao longo deste novo século onde os valores ligados a cultura Matrística e o Sagrado feminino estarão cada vez mais em evidência.